Mais do que coletar e interpretar números, o uso de dados requer uma aplicação inteligente no varejo
Prever o futuro é um superpoder que muitos desejariam ter. Porém, alguns cenários podem ser antecipados sem precisar de nenhuma bola de cristal. Essa é a principal “magia” da ciência de dados. Não é à toa que números são utilizados para dar maior credibilidade e embasamento a teses e pesquisas. Sendo assim, possuir dados e utilizá-los de forma inteligente são ações diferentes.
Hoje as empresas se preocupam cada vez mais com estatísticas, principalmente as que podem contribuir com o aumento das vendas. Uma análise detalhada dos clientes, por exemplo, pode revelar padrões de comportamento e consumo, sendo informações extremamente importantes para traçar estratégias de engajamento.
A Bnex divulgou um paper sobre o mercado farma revelando que um cliente engajado tem um ticket médio 55% maior do que o consumidor que não é engajado. Para atingir o nível de engajamento, é necessário conhecer o seu consumidor e não há melhor ferramenta do que a coleta de dados.
A coleta de dados começa pelo gestor oferecer uma proposta de valor relevante para o cliente, afinal, se você quer o dado dele, precisa oferecer algo em troca para que ele queira se identificar toda vez que for à sua loja. Quando se fala em coletar dados, os cadastros precisam ser “limpos” para que os números coletados sejam o mais próximo possível da realidade. Só assim, ações relevantes podem ser tomadas.
Com os números em mãos, você precisa conversar com o cliente e demonstrar que o conhece , oferecendo uma experiência personalizada. Quando a gente mostra que distingue o consumidor, nós capturamos a atenção dele e isso é relevante. Estamos o tempo todo competindo por atenção do cliente. E quem escolhe o tipo de comunicação é ele. Tem gente que prefere ler e-mail e tem pessoas que preferem mensagens no WhatsApp. Cabe a loja se adaptar a essa variedade de canais.
Um exemplo muito simples e efetivo de ação que praticamos na Bnex de engajamento é disparar lembretes para os consumidores de medicamentos de uso contínuo. Isso só é possível se souber quais clientes consomem esses itens e qual a frequência de compra deles.
Em um de nossos clientes do Farma, essa estratégia impactou 10.757 clientes e teve uma conversão de 62%, um índice muito alto. Mais do que isso, esses consumidores que foram até a farmácia comprar os medicamentos de uso contínuo acabaram adquirindo outros itens. O resultado foi que a cada R$ 1 comprado em medicamento, outros R$ 11 foram gastos em outros produtos, ou seja, foram 1,3 milhão em vendas incrementais com essa ação, em um mês.
Esse é um exemplo do poder dos números para o varejo farma. O uso inteligente dos dados garante que a farmácia coloque o seu esforço comercial onde realmente precisa. Mas lembre-se de que, em primeiro lugar, sem informação, não há conclusão.