O primeiro semestre de 2024 registrou um crescimento de 5,6% nos supermercados e 5,1% no canal de atacarejo na comparação com o mesmo período de 2023.
Esse crescimento foi linear em todos os tipos de canais de supermercado. Apesar de uma leve queda no número de itens por carrinho, esse crescimento foi sustentado pelo aumento na quantidade de tickets, ticket médio e preço médio.
Por outro lado, o atacarejo, caracterizado por compras de abastecimento com grandes volumes e descontos, estimulou a preferência do consumidor para compras maiores. Isso é observado pelo crescimento na quantidade de tickets e itens no carrinho, que está diretamente relacionado à queda no preço médio.
No primeiro semestre de 2024, a Páscoa foi a principal data sazonal no varejo alimentar. Apesar de ocorrer no final de março, fora da sazonalidade mais habitual (geralmente até o início de abril), houve crescimento em relação a março de 2023. Outro período importante foi o das Festas Juninas, que também contribuíram para um bom resultado no junho de 2024 quando analisamos a performance dos canais de supermercado.
Para o início do segundo semestre, a ausência do período eleitoral de 2024 será um fator significativo na comparação entre 2024 e 2023, já que no ano passado não houve eleições.
No entanto, a expectativa para o período está na Black Friday, em novembro, com destaque para as categorias de bebidas alcoólicas, energéticos, leite, frango, como celulares e TVs. As festas de fim de ano, com as confraternizações de empresas, amigos e reuniões familiares nas ceias de Natal e Ano-novo, é o principal período sazonal do varejo. Apesar do crescimento geral no segmento, bebidas e produtos sazonais como panetones e chocolates serão os grandes destaques do período.
Um ponto de atenção para o início do segundo semestre é o clima seco, com grandes ondas de calor no inverno e baixa incidência de chuvas. Esses fatores podem contribuir para um aumento no consumo de água mineral, além de impulsionar as categorias de medicamentos e sorvetes. Espera-se também que o clima seco eleve as tarifas dessas categorias, especialmente nas regiões de maior temperatura, gerando um efeito negativo no consumo no inverno como um todo.
Foram analisadas 378 milhões de transações de vendas para essa edição.
